sexta-feira, 2 de abril de 2010

BBB e Web 2.0, uma prévia das eleições 2010

Não importa se você é a favor ou contra o Big Brother Brasil, pois o que verá nesse post é o comportamento do povo brasileiro perante o programa e como a web 2.0 influenciou na vitória de Marcelo Dourado.

Antes de ficar resmugando o porquê de Dourado ter ganho, tenho que ressaltar que existe demanda - grande ou pequena - para todo tipo de produto. Por mais que você tenha escutado em sua rede de amigos que o cara era um imbecil, homofóbico, ignorante e que não merecia ganhar, em outras redes, que faziam parte do público que consumia o produto Dourado, eles reuniam forças e se engajavam através de comunidades e grupos nas redes sociais. Foi assim que nasceu a Máfia Dourada:
O termo criado por Fernanda Conde, uma advogada e usuária ativa da web, fez com que o nicho que consumia Dourado, se engajasse para votar e pedir votos. 
Nesse momento, podemos fazer uma analogia à campanha de Barack Obama - o presidente que contribuiu no boom das mídias sociais pelo mundo. Só que diferente de Fernanda, que foi uma das ativistas pelo movimento Máfia Dourada, Barack Obama foi o candidato que mobilizou seus ativistas - vários! Coisa que Dourado não podia fazer, já que estava confinado.

Esse engajamento em busca da vitória de Dourado, é algo que precisa ser estudado como referência para o que está por vir nas eleições desse ano. O eleitorado vai se engajar pelo seu candidato; alguns com apoio de agências especializadas, outros na base do "amigo, ajuda aê".

Uma coisa divertida para nós e que talvez para muitos candidatos não seja, é que a exposição na mídia de massa faz com que eles se tornem bastante conhecidos por vários nichos de eleitores, e esses, usam e abusam de seus conhecimentos nos softwares de edição para satirizar a imagem dos candidatos, que posteriormente acabam causando verdadeiros virais no ambiente on line e até no off line.
Vejam alguns exemplos na campanha de Obama, como a Obama Girl e as sátiras feitas com o estilo marrento de Dourado:

A produção de conteúdo dos eleitores na internet, será algo que os candidatos não poderão evitar. Terão que aceitar e entrar no diálogo estabelecido nas respectivas redes sociais.

Assim como a campanha histórica de Barack Obama, acredito que veremos algo inovador nas eleições brasileiras. Uma prova disso é que o marketeiro de Obama trabalhará na campanha de Dilma e com a aprovação do uso das mídias sociais na última reforma eleitoral, os candidatos já começaram a se adaptar a esse formato de comunicação.

E após sua vitória, eis que o candidato se manifesta para agradecer sua torcida.
Será o início de uma era marcada pela proximidade e relacionamento do emissor com o receptor da mensagem? Para mim, sim!